Abstract:
Critica os programas de televisão que exploram o sensacionalismo e a falta de escrúpulos para atrair a audiência. Adverte sobre o perigo dos técnicos de publicidade em busca de novas fórmulas e ideias chocantes, comparando-os a pessoas em estado de desespero, capazes de qualquer coisa para alcançar seus objetivos. Exemplifica essa mentalidade com dois casos recentes: o "encontro das três mães", onde as mães de uma vítima, de um culpado e de outro envolvido em um crime foram manipuladas para se encontrarem na televisão, gerando um espetáculo de falsa comoção e hipocrisia. Critica a exploração emocional e a superficialidade dessa abordagem, destacando como o programa se aproveita das dores pessoais para criar uma cena de "elevado valor espiritual" apenas para entreter o público. Outro exemplo é o programa "Cinderela da Semana", onde uma jovem é escolhida para viver uma semana de luxo e exposição, sendo transformada em um objeto de entretenimento. Vê essa prática como profundamente perversa e repugnante, resultado de uma falta de imaginação e de escrúpulos por parte dos programadores. Argumenta que essa dinâmica entre o técnico de televisão e o espectador cria um ciclo vicioso, onde ambos se pervertem mutuamente, semelhante ao tráfico de drogas, onde a demanda e a oferta alimentam o vício. Conclui que o sensacionalismo sem limites é uma forma degradante de entretenimento que corrompe tanto quem o produz quanto quem o consome.