Resumen:
Discute, de forma irônica e crítica, a situação do Brasil em relação a suas prioridades e escolhas urbanísticas e sociais. Começa relatando o caso curioso de um cidadão em Belo Horizonte que ofereceu um jacaré em troca de água, um reflexo das dificuldades enfrentadas pela população. Sugere que, no Rio de Janeiro, muitas pessoas estariam dispostas a trocar animais ainda mais exóticos por necessidades básicas, dada a escassez crescente. Menciona também o rinoceronte Cacareco, que se tornou um símbolo carioca após ser emprestado ao governo de São Paulo, gerando uma campanha para seu retorno ao Rio de Janeiro. A narrativa é uma crítica à banalização de questões sérias, onde até o ex-prefeito Negrão de Lima e outras figuras se engajam na "defesa" de Cacareco, enquanto problemas mais urgentes são negligenciados. A crítica se estende à construção de Brasília, a nova capital, onde cita opiniões de críticos de arte como Charlotte Perian e Vera Pacheco Jordão, que denunciam a falta de humanização e os problemas arquitetônicos na cidade planejada. Ironiza o monumentalismo desumano de Brasília, onde aspectos funcionais, como a iluminação das cozinhas e os espaços mínimos para empregados, são ignorados. Termina com uma crítica ao presidente Juscelino Kubitschek, que continua celebrando suas realizações enquanto ignora as críticas substanciais e os desafios enfrentados pelo povo brasileiro.