Resumen:
Critica uma proposta da Prefeitura do Distrito Federal para transformar as favelas cariocas em atrações turísticas. A ideia, considerada pelo autor como uma tentativa superficial de embelezar a pobreza, consiste em pintar os barracos das favelas com cores vivas, criando um efeito artístico que pretende chamar a atenção dos visitantes. A proposta foi apresentada pelo Departamento de Turismo e Certames, que planeja fotografar as favelas e, com base nessas imagens, aplicar cores vibrantes aos barracos, transformando-os em uma espécie de obra de arte concreta. Ironiza a escolha de artistas para essa tarefa e sugere que a solução não é apenas estética, mas também um meio de gerar publicidade para o Brasil. Questiona a eficácia e a moralidade da ideia, apontando que essa abordagem não resolve os problemas reais das favelas, como a falta de infraestrutura e as condições de vida precárias. Em contraste, menciona a solução proposta por Israel Pinheiro para Brasília, que seria inundar as áreas pobres para criar um lago. Usa essa proposta para destacar a desconexão entre as soluções propostas e as necessidades reais dos moradores das favelas. No final, reflete sobre a superficialidade das soluções apresentadas e a falta de consideração pelos verdadeiros problemas enfrentados pelas comunidades pobres.