Resumen:
Aborda a relação entre a esperança nacional e a realidade política do país. Critica a maneira como muitos cidadãos, especialmente figuras de autoridade, afirmam acreditar incondicionalmente no futuro glorioso do Brasil, apesar dos sinais de decadência e corrupção visíveis no presente. Observa que, frequentemente, esta crença é utilizada como um mantra que encobre os problemas reais e justifica a má gestão e o desvio de recursos. Reflete sobre o paradoxo de como a crença na grandeza futura do Brasil é usada para esconder a falta de compromisso com a ética e a responsabilidade. Denuncia a hipocrisia dos que proclamam uma fé cega na pátria enquanto se beneficiam dos recursos públicos e ignoram os princípios cívicos básicos. Para ele, essa "esperança nacional" elevada à categoria de fé teológica serve para proteger os corruptos e impedir a crítica legítima. Contrapõe a isso, afirma que aqueles que têm uma visão crítica e realista da situação, que não se deixam levar pela esperança infundada, são muitas vezes acusados de pessimistas. No entanto, argumenta que é justamente essa visão crítica e o esforço contínuo para melhorar a nação que contribuirá para a verdadeira prosperidade do país. Em suma, defende a necessidade de um comprometimento real com a ética e o trabalho árduo, em vez de se refugiar em uma esperança cega que não reflete as condições reais do Brasil.