Resumo:
No discurso de 31 de janeiro, o presidente destacou os avanços do governo e os planos futuros até 1960, incluindo a Meta 27, que visava a implantação da indústria automobilística no Brasil. O presidente usou comparações para ilustrar a desaceleração da inflação, mas seus números foram criticados por falta de precisão. A Meta 27, em particular, recebeu atenção por prometer uma revolução na indústria automobilística nacional. O presidente explicou que a política de incentivos para a indústria incluía subsídios, isenções fiscais e proteção comercial para os fabricantes. No entanto, Corção critica a Meta 27, apontando que, apesar das facilidades concedidas aos industriais, os preços dos automóveis fabricados no Brasil permanecem extremamente altos em comparação com os dos Estados Unidos. Usando exemplos de salários e preços, argumenta que um professor universitário brasileiro precisaria de 19 meses de salário para comprar um carro nacional, enquanto um colega americano gastaria apenas três meses e meio. Essa diferença demonstra, segundo ele, a ineficácia da política e a exploração dos consumidores brasileiros. Também critica a falta de alternativas para os brasileiros, forçados a comprar carros caros devido à falta de transporte público adequado. Questiona a legitimidade do sacrifício exigido do povo e sugere que a Meta 27 beneficiou desproporcionalmente os industriais em vez de melhorar a situação dos consumidores. A ironia é que, apesar das facilidades oferecidas, o resultado final é uma carga financeira pesada para o povo, que continua a enfrentar condições precárias e altos preços.