Resumen:
Responde a Aliomar Baleeiro, que havia criticado um de seus textos. Esclarece que sua objeção não era à precisão das citações, mas à interpretação e aplicação das proposições de Jacques Maritain sobre o maquiavelismo e o hipermoralismo. Maritain critica a atitude moralista excessiva que paralisa a ação política, o que ele concorda, afirmando que a crítica é mais relevante para o udenismo atual do que o hipermoralismo. Discute a transformação da UDN, que passou de uma postura moralista e crítica para uma abordagem mais pragmática, caracterizada pela aliança com Ademar de Barros. Critica essa mudança, argumentando que a UDN abandonou seus princípios éticos em favor de uma prática política que considera moralmente questionável. A transformação da UDN, para ele, reflete uma falta de substância política e uma oscilação entre extremos, prejudicando a opinião pública e minando a confiança no partido. Ressalta que, em vez de uma reformulação gradual e substancial, a UDN está se envolvendo em manobras políticas que desrespeitam os eleitores e promovem um cinismo político. Acredita que essa mudança não só comprometeu a integridade da UDN, mas também desorientou a opinião pública, prejudicando a participação política e a confiança no processo. Conclui que, independentemente dos resultados eleitorais, a atual direção da UDN está prejudicando a política com sua abordagem maquiavélica e pragmática.