Resumo:
No início de janeiro, o país parece estar em um estado de letargia, com uma sensação de calma após o tumulto do fim do ano. No entanto, o clima de tranquilidade é enganoso, pois o país enfrenta questões sérias que aguardam a volta dos parlamentares. Entre os principais problemas está a questão da liberdade de radiodifusão e televisão, e a possível prorrogação dos mandatos políticos. Corção critica a proposta de coincidência de mandatos, que, segundo seus defensores, visa reduzir os custos das eleições. Considera essa justificativa absurda, apontando que, apesar do custo envolvido na organização de eleições, a frequência delas é crucial para a saúde democrática. Argumenta que a educação política e a melhoria do regime só podem ser alcançadas com a repetição regular do voto, e vê o aumento da duração dos mandatos como um artifício para economizar recursos partidários às custas da participação democrática. Além disso, expressa ceticismo quanto ao relacionamento com a Rússia, especialmente à luz dos recentes avanços espaciais soviéticos. Critica a superficialidade das relações diplomáticas e o excesso de atenção dado às conquistas russas, comparando o entusiasmo nacional com o novo Viscount presidencial à aposta de um macaco que perdeu o foco em seus objetivos principais. Também reflete sobre a situação política e educacional do país, temendo que as reformas prometidas não avancem conforme esperado. Conclui que, sem uma reação significativa do espírito democrático, as tendências atuais indicam uma vitória do autoritarismo sobre a liberdade, com uma série de derrotas iminentes para os ideais democráticos.