Resumen:
Analisa a proposta de união entre partidos do centro, como a defendida por Raul Pila e Carlos Lacerda, com foco na reforma parlamentarista. Segundo ele, o objetivo dessa união é enfrentar a crescente ameaça comunista, especialmente com a infiltração do credo vermelho no PTB. No entanto, expressa ceticismo sobre a eficácia e viabilidade dessa proposta. Observa que, enquanto os líderes políticos defendem a reforma e a união dos partidos centristas, o presidente Juscelino Kubitschek parece alheio às preocupações com a crise e continua a mostrar uma atitude exuberante e despreocupada, evidenciada por sua comportamento efervescente na televisão. Questiona se o entendimento dos partidos centristas seria realmente uma solução eficaz ou apenas uma estratégia para adiar os problemas reais, sem enfrentar as reformas profundas necessárias. Argumenta que a verdadeira forma de combater o comunismo não seria uma simples mudança de regime, mas uma revolução mais profunda, incluindo reforma agrária e uma nova mentalidade democrática. Critica a união dos partidos do centro como uma estratégia superficial, que não aborda as causas subjacentes dos problemas sociais e econômicos. Defende que uma política eficaz deve equilibrar a solução de problemas imediatos com a construção de uma direção de longo prazo, e vê com apreensão a falta de uma abordagem mais radical e transformadora para enfrentar a ameaça comunista.
