Resumen:
A visita do Secretário de Estado norte-americano, Foster Dulles, ao Brasil revela os paradoxos vividos pelo país. O governo tomou medidas de segurança rigorosas para proteger o visitante, embora isso seja visto como um sinal de humilhação e fragilidade. A imprensa e os estudantes mostram uma divisão: enquanto alguns esperam que Dulles traga investimentos, outros temem que os Estados Unidos explorem o petróleo brasileiro. Há também críticas ao fato de a visita de um representante da maior nação livre do mundo ser recebida com frieza e desconfiança, enquanto regimes totalitários, como o de Portugal e a União Soviética, são tratados com mais simpatia e respeito. Corção critica a postura dos estudantes, especialmente da UNE, que protestou com um pano preto e cartazes contra Dulles. Questiona a sensatez desses atos, comparando-os ao comportamento pouco nobre de estudantes do passado. Para ele, a indiferença do Brasil em relação ao mundo ocidental e a simpatia por regimes autoritários revelam uma crise de identidade política. Finaliza expressando ceticismo quanto aos resultados das conversas diplomáticas, mas espera que os dirigentes brasileiros aprendam algo positivo com o encontro com Foster Dulles, especialmente no contexto das tensões globais e da necessidade de cooperação internacional.