Resumen:
Reflete sobre os efeitos da inflação em aspectos menos discutidos, como a caridade e o sustento religioso. Relata a história de um pobre doente que, vivendo de doações, viu sua mesada inicial ser corroída pela inflação ao longo do tempo. A desvalorização da moeda reduz o valor real das contribuições, mas os doadores não reajustam suas doações de acordo com o aumento do custo de vida. Esse fenômeno, para ele, reflete um "mecanismo contra o amor", pois a inflação afeta até mesmo as relações de generosidade. Também aponta que algo semelhante ocorre com as contribuições às igrejas. Mesmo com a desvalorização do cruzeiro, os fiéis continuam doando as mesmas quantias simbólicas, causando dificuldades financeiras aos padres, que precisam recorrer a fontes de renda alternativas, como apoio de ricos ou políticos. Critica esse ciclo que, em sua opinião, compromete a independência da Igreja e sua relação com o poder civil. Conclui apelando para um aumento nas contribuições dos fiéis, de forma que a Igreja mantenha sua dignidade e independência, e os padres possam evitar depender de fontes externas, o que ele vê como prejudicial tanto para a fé quanto para o bem comum.