Resumo:
Critica a recepção ao Presidente da República Italiana, Gronchi, durante sua visita ao Brasil. Lamenta a falta de tato e sensibilidade demonstrada na organização do cortejo, que foi marcado por um uso excessivo e agressivo de batedores e motocicletas, o que contrasta com a postura discreta e refinada que seria mais adequada para receber um representante de um partido democrático cristão, conhecido por sua oposição ao fascismo. Corção e alguns amigos haviam considerado enviar um telegrama ao presidente brasileiro, solicitando que evitassem o uso de batedores, mas decidiram não o fazer, achando que a sugestão não teria impacto. A falta de tato se concretizou, com o cortejo passando em alta velocidade, provocando desconforto e constrangimento, especialmente para Gronchi, um símbolo de bom gosto e bom senso. O uso ostentoso do poder durante o evento contrastou com a dignidade que deveria ter sido mantida. Expressa sua tristeza e vergonha, refletindo sobre a natureza do poder e a importância de sua apresentação de maneira adequada e respeitosa. Critica a exibição do poder e a atitude do presidente brasileiro em agradecer as homenagens, considerando-a uma falta de tato. Conclui que, apesar da necessidade do poder para proteger a sociedade, sua ostentação em eventos formais desfigura sua autoridade e mostra falta de respeito pela dignidade dos convidados e pela tradição democrática.