Resumen:
Reflete sobre a euforia nacional após a conquista do campeonato mundial de futebol pelo Brasil. Inicia com uma nota irônica sobre a alegação de que a vitória ajudou a curar milhões de complexos, destacando a alegria que toma conta do país. Observa que, embora o triunfo seja motivo de celebração, há um exagero na tentativa de associar o sucesso esportivo aos projetos políticos do presidente Juscelino Kubitschek. Enquanto o rei da Suécia foi modesto em seu reconhecimento, o presidente brasileiro usou a vitória como plataforma para promover suas obras de infraestrutura, o que o cronista considera uma tentativa de tirar proveito político do sucesso esportivo. Critica o uso da vitória para fins eleitorais e argumenta que a conquista no futebol deve ser vista como um reflexo da seriedade e fervor aplicados ao esporte. Sugere que essa abordagem pode ser um modelo para outras áreas, como o desenvolvimento econômico e a política nacional, onde o sucesso também deve ser alcançado através de dedicação e competência. Além disso, desvia de propostas infundadas de premiar jogadores com cargos políticos, ressaltando que as virtudes devem ser especializadas em suas áreas. Através da metáfora do futebol, defende que a excelência e o esforço aplicado no esporte devem ser replicados em outras esferas da vida nacional, promovendo um Brasil que se dedique com seriedade a suas tarefas e desafios, sem depender de uma visão simplista de nacionalismo ou interesses pessoais.