Resumen:
Critica a escolha e o desenvolvimento da nova capital brasileira. Argumenta que a função de uma capital deveria ser integradora e situar-se no centro da gravidade populacional, o que Brasília não consegue, pois está localizada em uma área pouco habitada e distante do núcleo populacional mais denso e subdesenvolvido. Questiona a lógica por trás da decisão de colocar a capital em uma região inóspita e deficiente em infraestrutura, citando exemplos de outros países que não usaram suas capitais como instrumentos de pioneirismo. Também critica a escolha do sítio de Brasília, destacando problemas com o solo e a falta de recursos naturais adequados. A construção na região está cara e apresenta dificuldades adicionais como a porosidade do solo, que impede o enchimento dos lagos artificiais planejados. A segurança nacional é outro ponto de crítica, com Corção alegando que o verdadeiro perigo está na desintegração interna causada por má gestão, e não por ameaças externas. Sociologicamente, vê Brasília como um aglomerado urbano mal planejado, e historicamente, considera a ideia de mudar a capital para o interior um absurdo, especialmente dado o aparato governamental atual e as deficiências de comunicação. Economicamente, argumenta que o investimento em Brasília não resolve os problemas econômicos existentes e exacerba a inflação. Administrativamente, critica a falta de planejamento nas obras e a escolha questionável de líderes envolvidos no projeto. Por fim, sugere que, em vez de luxos desnecessários em Brasília, os recursos deveriam ser direcionados para áreas mais carentes do país, como o Nordeste.