Resumo:
Explora dois aspectos distintos do subdesenvolvimento: a parte estática e a dinâmica. O primeiro é descrito como subdesenvolvimento-pobreza, que se refere à falta de condições básicas de vida, como alimentação e saúde, e é uma imperfeição social absoluta e imutável. Este aspecto é visto como um mal físico, uma privação que transcende épocas e contextos históricos, baseada nas necessidades humanas fundamentais. O segundo aspecto é o subdesenvolvimento-atraso, que está relacionado ao progresso histórico e ao ritmo de desenvolvimento de uma nação em comparação com seu grupo civilizacional. Diferente da pobreza, o atraso é relativo e depende do contexto histórico e do movimento da civilização a que a nação pertence. O atraso não se mede apenas por índices econômicos ou avanços tecnológicos, mas pela capacidade de um país de acompanhar o desenvolvimento do grupo histórico ao qual pertence. Argumenta que, mesmo com progresso econômico, uma nação pode ainda estar atrasada se não avançar na mesma velocidade que o grupo civilizacional. O atraso histórico é descrito como um afastamento relativo da marcha do grupo, levando a tensões políticas e econômicas, e ao sentimento de inferioridade. Também menciona o risco de um país tentar mudar de grupo civilizacional para aliviar o ressentimento, o que pode resultar em desvios e traições à sua vocação original. Critica a visão simplista de que blocos de nações definem a solução para o subdesenvolvimento e aponta para a necessidade de uma união baseada em valores espirituais e libertadores, ao invés de reivindicações superficiais e desordenadas.