Resumen:
Analisa as causas que levaram ao golpe de Estado de 1937, atribuindo à imprensa uma parte da responsabilidade. Observa que o parlamento brasileiro nunca teve grande prestígio, e mesmo após eleições limpas, a última Câmara não se distanciou significativamente de seus antecessores. Critica a imprensa, que, ao invés de reconhecer o papel importante do parlamento, frequentemente o ridicularizava, contribuindo para um ambiente propício à supressão das instituições representativas. Para ele, a desmoralização da política, mesmo em um contexto de regime autoritário, preparou o terreno para a aceitação do golpe, que muitos viam como um ato de emergência. Alerta que a situação se repete, pois a nova representação nacional, ainda em desenvolvimento, já enfrenta críticas e desprezo por parte da imprensa. Questiona as motivações dos jornalistas, que podem variar desde apego ao antigo regime até o desejo de explorar temas sensacionalistas. Como um veterano da imprensa, faz um chamado à responsabilidade dos colegas para evitar a repetição dos erros do passado e proteger a democracia ainda em gestação.