Resumo:
Discute a situação política em torno da candidatura do General Eurico Dutra, que foi lançada após a declaração de Getúlio Vargas de não ser candidato. Destaca a contradição entre o aparente desapego de Vargas ao poder e a realidade de que sua decisão pode ser apenas uma estratégia para manter o regime autoritário. A candidatura de Dutra, antes considerado a personificação da unidade do Exército, agora o expõe ao escrutínio público e a divisões internas. Questiona os motivos que levaram Dutra a aceitar essa candidatura e sugere que, independentemente de suas intenções, ele pode se ver abandonado em meio a um turbilhão político. Também enfatiza que os sindicatos operários, que consideram Vargas um benfeitor, não aceitarão facilmente sua renúncia e lutarão por sua permanência no governo. Antecipa que, diante dessa pressão, Vargas pode ser forçado a sacrificar-se novamente, o que poderá levar Dutra a retirar sua candidatura em favor de Vargas. Reflete sobre os desafios e renúncias na vida política, enfatizando a complexidade das relações de poder.