Resumo:
Argumenta que, para o governo efetivamente democratizar o Brasil, a anistia deve ser uma das primeiras e mais essenciais providências. Destaca que aqueles que estão presos ou no exílio não são criminosos, mas sim indivíduos que se opuseram ao regime vigente de maneira mais ou menos radical. Defende que divergir e combater é um direito humano e, muitas vezes, um dever patriótico. Para ele, nos chamados crimes políticos, é fundamental considerar as intenções por trás das ações, em vez de focar apenas nos atos em si. Questiona como é possível democratizar a nação e devolver ao povo a soberania usurpada enquanto alguns cidadãos permanecem excluídos da comunidade nacional, privados de liberdade e direitos políticos. Ressalta que as eleições, que deveriam refletir os verdadeiros sentimentos da nação, só serão possíveis após a anistia. Conclui que a anistia é ainda mais necessária, uma vez que os verdadeiros criminosos, aqueles que atentaram contra a Constituição, não estão presos ou exilados.