Resumen:
Analisa a postura do líder comunista Luiz Carlos Prestes em relação à Revolução de 1930 e à ditadura de Getúlio Vargas. Ao recusar participar do movimento liderado por Vargas, Prestes previa que a revolução resultaria em um regime autoritário. No entanto, ao ser libertado em 1945, surpreendeu a Nação ao apoiar o mesmo Vargas que anteriormente criticara. Destaca a contradição entre os dois Prestes, afirmando que o Luiz Carlos Prestes de 1945 contradiz suas previsões de 1930, onde sua visão negativa do governo getulista se transformou em um apoio inesperado. Ressalta que, enquanto a Nação brasileira buscava romper com a ditadura, Prestes se posicionou em defesa do regime autoritário, alegando que isso era necessário para a democratização do País. Argumenta que Prestes não percebe a diferença fundamental entre um governo ditatorial e um governo legítimo, baseado na Constituição de 1934. Ao considerar as eleições e a possibilidade de um novo governo, critica a incapacidade de Prestes de distinguir entre candidaturas populares e oficiais, apontando que a permanência de Vargas no poder representa uma ameaça à verdadeira democracia. Sugere que tanto Vargas quanto Prestes possuem interesses políticos que podem estar alinhados, o que revela uma complexidade nas relações de poder no Brasil da época, onde a verdadeira democracia parece distante.
