Resumen:
Critica a habilidade de Getúlio Vargas em simular e dissimular em seu discurso durante a inauguração do novo hospital da Santa Casa de Santos. Embora Vargas fale sobre filantropia e os benefícios de seu governo, Pilla destaca que suas palavras revelam um pensamento profundo que contradiz a imagem pública que deseja projetar. Vargas menciona que as liberdades públicas e os direitos políticos são essenciais para uma boa organização social e reconhece que a democracia é o regime ideal, mas argumenta que isso só se aplica a povos que possuem saúde, preparo e alimentação suficiente. Para ele, a afirmação de Vargas de que a liberdade é um luxo para aqueles que enfrentam a pobreza é alarmante, pois sugere que os cidadãos devem renunciar à democracia em favor da sobrevivência básica. Dessa forma, expõe a falácia de Vargas, que tenta justificar a ausência de democracia no Brasil com a argumentação de que a liberdade não se alimenta, criticando a lógica que prioriza a segurança econômica em detrimento dos direitos civis.