Resumen:
Critica a postura do presidente Getúlio Vargas, que insulta os políticos ao mesmo tempo em que se apresenta como defensor dos trabalhadores. Argumenta que a propaganda de Vargas, que visa deslegitimar os políticos, é uma estratégia criminosa para minar a democracia no Brasil. Segundo ele, os políticos são essenciais para a vida pública, e sua desmoralização coloca a democracia em risco. Observa que Vargas generaliza suas críticas, ignorando a distinção entre bons e maus políticos, e revela um medo da agitação das ideias e da crítica que esses políticos representam. Aponta a hipocrisia de Vargas, que, apesar de condenar os políticos, é ele mesmo um político veterano, envolvido na política desde sua juventude. Elenca a longa trajetória política de Vargas, desde sua participação em grupos acadêmicos até sua ascensão a altos cargos, como ministro da Fazenda e presidente. Sugere que Vargas, ao criticar a classe política, deveria incluir a si mesmo, uma vez que é parte integrante do problema que enfrenta. Em essência, questiona a sinceridade de Vargas em sua defesa dos trabalhadores, ressaltando que sua retórica esconde a continuidade de práticas políticas que favorecem a própria manutenção do poder.