Abstract:
Argumenta que a prática da democracia requer uma educação adequada, que abrange tanto o conhecimento dos direitos quanto dos deveres do cidadão. Afirma que a formação educacional deve começar no lar, passar pela escola e se estender ao longo da vida. No entanto, critica a situação educacional no Brasil, que, segundo ele, não se desenvolveu adequadamente desde 1930, devido ao regime de "ditadura constitucional" instaurado em 1889. A crítica se intensifica com a ditadura de Getúlio Vargas, que, segundo Pilla, não apenas falhou em educar os cidadãos para a democracia, mas também promoveu a deseducação e a corrupção moral. Descreve a filosofia vigente como cínica, priorizando o êxito sobre a ética, e critica a moralidade dos líderes que, pela traição e astúcia, se consolidaram no poder. Cita Rui Barbosa, ressaltando que a crise moral observada em seu tempo evoluiu para uma verdadeira dissolução moral na contemporaneidade. Para ele, o Brasil se tornou um "grande asilo de anormais," cujos cidadãos precisarão de grandes esforços para se reeducarem. Apesar da gravidade da situação, mantém esperança de que a juventude, ao permanecer alheia à corrupção moral, possa contribuir para a renovação e recuperação do país.