Resumo:
Conclui sua correspondência, enfatizando que, apesar de não ter esgotado o tema da crítica ao regime de Getúlio Vargas, há muitos fatos que evidenciam a grave situação que o Brasil enfrenta sob o "Estado Novo". Ressalta que a falta de condições legais para discutir a realidade brasileira impede um debate mais profundo. Argumenta que, mesmo concedendo que o governo tenha implementado uma legislação social eficaz e melhorado as condições de vida, isso não justifica a renúncia à liberdade e aos direitos do cidadão. Defende que a dignidade humana é inalienável e que a busca por comodidade não deve levar à aceitação de uma vida sem liberdade. Reconhece a diversidade entre os indivíduos, mas salienta que a democracia pode proporcionar tanto liberdade quanto prosperidade, utilizando os Estados Unidos como exemplo. Critica a ideia de que é necessário sacrificar a liberdade para obter melhores condições materiais, afirmando que a ditadura inevitavelmente leva à miséria e à ruína econômica, uma conclusão que pode ser verificada através da história e das experiências de países totalitários. Para ele, a liberdade é fundamental, e aqueles que abandonam essa fé enfrentam a desolação e a degradação, que são as consequências de abrir mão de seus direitos e dignidade.