Resumen:
No discurso de Raul Pilla, proferido na instalação do Congresso do Partido Libertador, ele reflete sobre os eventos que ocorreram desde o último congresso, em 1936, marcados por mudanças profundas e pela perda de liberdades no Brasil. Critica duramente o governo de Getúlio Vargas, a quem acusa de trair a confiança do povo ao retirar suas liberdades, e menciona a Segunda Guerra Mundial como uma crise global que quase resultou no colapso da civilização, mas foi superada graças à intervenção divina e à luta contra os ditadores. O Partido Libertador, apesar das dificuldades e traições, resistiu aos anos de repressão e corrupção, ressurgindo mais forte e puro. Enfatiza que a resistência do partido demonstra sua conexão com os valores democráticos, especialmente em um momento em que o mundo celebrava a vitória da democracia sobre o totalitarismo. Destaca o sacrifício dos soldados e expedicionários, que lutaram pela liberdade, e convoca o povo brasileiro a não se deixar enganar novamente. Também menciona a perda irreparável de figuras importantes, especialmente Assis Brasil, fundador do partido, cuja influência foi fundamental. No entanto, ressalta que o partido continuou a existir de forma autônoma, provando que as grandes obras são capazes de sobreviver mesmo após a morte de seus criadores. O partido, apesar das perdas, mantém-se firme em seu compromisso com a democracia e com a reconstrução do Brasil. Destaca o colapso das liberdades e o declínio da democracia. Descreve o cenário de miséria econômica, material e espiritual, provocado por anos de ditadura. Reflete sobre os erros cometidos por líderes do Partido Libertador e outras forças políticas que, ao apoiar ou tolerar Vargas, contribuíram para a implantação do regime ditatorial. Enfatiza que, no momento crucial em 1937, quando o golpe se tornou iminente, ele e uma minoria dentro do Diretório Central do Partido Libertador resistiram às decisões que levaram à ditadura. Também menciona o fracasso da tentativa de impedir o golpe por meio de acordos políticos, lamentando a cegueira e a falta de visão estratégica de seus colegas de partido. Detalha a intervenção inconstitucional de Vargas no Rio Grande do Sul, que consolidou o controle do regime. Por fim, reflete sobre seu silêncio durante cinco anos de ditadura, que ele interpreta como um protesto, uma forma de resistência moral e política. O silêncio, para ele, foi uma maneira de continuar lutando pelos princípios democráticos sem compactuar com o regime opressor.