Resumen:
Aborda a profunda responsabilidade das classes armadas na situação política do Brasil, especialmente no contexto do Estado Novo instaurado por Getúlio Vargas em 1937. Afirma que essa responsabilidade é “tremenda” e “irrenunciável”, pois o comportamento das forças armadas determinará o futuro da democracia, liberdade e segurança no país. Destaca que, embora as classes armadas não tenham sido as responsáveis pelo golpe que instaurou a ditadura, desde então elas se tornaram corresponsáveis pela manutenção do regime. A passividade militar, que rapidamente se transformou em cumplicidade, não poderia perdurar. O patriotismo e o senso de honra militar exigiam uma ação proativa em defesa da Nação. Elogia a consciência cívica das classes armadas, que levou Vargas a convocar eleições após um longo período de silêncio. Contudo, ele alerta que essa convocação de eleições não significava o fim da responsabilidade militar; ao contrário, era essencial que as eleições fossem realizadas com garantias, o que exigiria vigilância constante. Menciona a pressão do movimento queremista e as manobras políticas que buscavam adiar as eleições, além de alertar sobre a influência do comunismo na cena política. Assim, conclui que as classes armadas não podem abdicar de sua responsabilidade histórica, devendo garantir a continuidade das instituições democráticas e entregar a Nação à liberdade e à autodeterminação.