Resumen:
Analisa a situação política do Brasil e da Argentina, destacando a união entre os dois países devido à demagogia e ao despotismo que os afligem. Observa que, embora as reações da sociedade sejam diferentes, ambos os países compartilham um processo degenerativo semelhante, originado no Brasil e refletido na figura de Getúlio Vargas e seu equivalente argentino, Juan Domingo Perón. Critica a maneira como ambos os líderes utilizaram o prestígio das classes armadas para manter o poder, recobrindo suas ações com propaganda e censura. Argumenta que a demagogia, que nega a democracia, gerou uma situação de confusão e desespero nas massas, levando-as a se conformar com a situação. Aponta que o queremismo no Brasil e o peronismo na Argentina são manifestações de um mesmo problema cancerígeno. Ressalta a importância das lições que podem ser aprendidas com a Argentina, enfatizando que não há como compor com a ditadura. Critica a tentativa de afastar Perón, enquanto mantém outros elementos da ditadura, destacando que isso pode ter consequências graves. Conclui alertando que, sem a vigilância das classes armadas, o Brasil pode enfrentar dias difíceis, semelhante à Argentina, onde a estrutura legal foi comprometida. Sugere que a vigilância e a união entre as classes armadas e a sociedade civil são essenciais para restaurar a democracia.