Resumo:
Discute os temores relacionados à implementação do regime parlamentar no Brasil, especialmente em um contexto de agitação política. Critica a ideia de que o parlamentarismo poderia levar a males irreversíveis, uma opinião expressa por Odilon, um defensor do regime. Argumenta que, enquanto as massas urbanas estão influenciadas por ideais extremistas, a estrutura democrática deve ser mantida e defendida. Observa que o presidencialismo tem falhado em fornecer a estabilidade necessária e que a experiência política brasileira demonstra a necessidade de um sistema que permita a colaboração entre diferentes correntes políticas. Também refuta a ideia de que a atual crise política justifica a permanência de um modelo que já se mostrou ineficaz. Considera que a natureza temporária das dificuldades não deve impedir a construção de uma constituição sólida. Enfatiza que a democracia deve ser uma construção contínua, sem se apegar a medos infundados que possam levar a um retrocesso. Para ele, a superação do "queridismo" — que ele vê como uma doença do corpo político — é essencial para a saúde da nação, e isso só pode ser alcançado através da adoção de um regime parlamentar que possibilite uma verdadeira representação popular.