Resumo:
Critica a decisão da Assembleia Constituinte de estabelecer o confisco para aqueles que enriqueceram ilicitamente no exercício de cargos públicos, considerando essa medida uma "providência retrógrada". Argumenta que apenas os ingênuos acreditariam que tal ação poderia restaurar a moralidade administrativa no Brasil. Segundo ele, a desonestidade e a corrupção, amplamente disseminadas no país, têm suas raízes na irresponsabilidade governativa que se consolidou com a República e se intensificou durante a Ditadura. Essa irresponsabilidade permeou toda a estrutura nacional, transformando a administração pública em um meio de enriquecimento rápido e fácil. Questiona o que realmente foi feito pela Assembleia Constituinte para eliminar essa irresponsabilidade, apontando que, na realidade, nada mudou; o mesmo regime que gerou a corrupção foi mantido. Vê a ideia de confisco como uma ingenuidade, sugerindo que é apenas uma homenagem ao vício disfarçada de virtude. Assim, enfatiza a necessidade de uma verdadeira transformação na administração pública para enfrentar os males que afligem a sociedade.