Resumen:
Analisa a ascensão do presidencialismo na França, liderada por Charles de Gaulle, cujas tendências bonapartistas são evidentes. Observa que a busca por um governo forte frequentemente leva à adoção de sistemas presidencialistas, como ocorreu historicamente com Luís Napoleão e, mais recentemente, com Adolf Hitler, que concentrou poder nas mãos de um único líder. Em contraste, argumenta que o parlamentarismo é a escolha dos povos que realmente desejam a democracia representativa. Cita a resistência à proposta presidencialista na Itália e a manutenção do sistema parlamentar na França, apesar das dificuldades enfrentadas. Ressalta que, embora o funcionamento do sistema parlamentar francês tenha sido imperfeito, isso se deveu às deformações introduzidas ao longo do tempo. Conclui que, se o modelo clássico de parlamentarismo, inspirado na política inglesa, for adotado sem modificações, o sistema funcionará de maneira eficiente. Assim, defende que o parlamentarismo é a verdadeira expressão da democracia, enquanto o presidencialismo tende a gerar despotismo.