Resumo:
Critica a atitude de muitos eleitores que votam sistematicamente a favor do governo, sem questionar se suas decisões são corretas. Identifica três categorias de eleitores: os que votam por ignorância, os que o fazem por temor e os motivados por interesse pessoal. Considera a ignorância como o maior obstáculo à prática efetiva da democracia. Argumenta que a concepção paternalista de um governo que protege e castiga é uma negação da democracia, pois o governo deve ser resultado da vontade popular, e não o contrário. Essa inversão de relações cria uma forma de absolutismo, que se perpetua sob a fachada de eleições democráticas. Enfatiza que nenhum eleitor é obrigado a apoiar o governo apenas por ser o governo e que, ao votar, o eleitor exerce sua soberania. Conclui que essas noções elementares de cidadania estão esquecidas e pervertidas na sociedade, sendo essencial reeducar o público sobre seu papel e suas responsabilidades na democracia.