Resumen:
No discurso em Porto Alegre, Getúlio Vargas afirmou: “Tendo que optar entre os poderosos e os humildes, preferi os últimos.” Contudo, Raul Pilla refuta essa declaração, argumentando que Vargas, ao contrário do que diz, sempre priorizou seu próprio poder. Ao longo de sua ditadura, Vargas favoreceu aliados e criou novos poderosos, enriquecendo amigos por meio de cargos e negócios estatais. Sustenta que, se Vargas não se opôs aos poderosos, tampouco defendeu os humildes; ele apenas os explorou. Embora se alega que Vargas introduziu legislação social, Pilla destaca que essa mudança não foi uma iniciativa genuína, mas uma estratégia para consolidar seu poder ao conquistar as massas. A legislação, em vez de um reflexo de empatia, foi uma manobra demagógica. Menciona que a propaganda do Estado Novo obscureceu a percepção dos trabalhadores, que não veem as consequências negativas, como a inflação que diminuiu o poder aquisitivo enquanto beneficiou os industriais. Critica a transferência de recursos dos Institutos de Previdência para especulações e obras suntuárias, em detrimento do povo. Conclui que Vargas, ao tentar se reabilitar como um “Pai dos Pobres”, disfarça suas verdadeiras intenções. Alerta os trabalhadores sobre a necessidade de se libertar dessa ilusão, pois a continuidade dessa mistificação pode trazer graves consequências para a Nação e para a classe proletária.