Resumen:
Responde a críticas do jornalista Osvaldo Chateaubriand sobre sua defesa do regime parlamentar no Brasil. Esclarece que, embora a adoção deste regime seja um passo importante, não é uma solução mágica para todos os problemas do país. Enfatiza que as instituições políticas podem ser modificadas mais facilmente do que as qualidades humanas, e que o sistema parlamentar poderia fornecer uma estrutura mais eficaz para a resolução democrática de questões urgentes. Critica a ideia de que ele acredita que a reforma parlamentar resolverá todos os problemas imediatamente, afirmando que sua convicção é baseada em uma análise racional e ponderada. Menciona a importância de aproveitar a oportunidade atual, uma vez que a Constituição Federal e as Constituições Estaduais estão sendo elaboradas, para discutir e implementar o regime parlamentar. Além disso, argumenta que, embora os homens não se tornem automaticamente melhores com a mudança de regime, a responsabilidade política e a influência da opinião pública seriam incrementadas. Cita exemplos históricos, como a Inglaterra e a França, para demonstrar que o sistema parlamentar pode facilitar a ascensão de líderes adequados em momentos críticos. Finalmente, critica a visão de que problemas nacionais podem ser resolvidos sem uma boa forma de governo, argumentando que um regime inadequado, como o atual, só dificulta a solução de questões essenciais para a democracia brasileira.
