Resumo:
Discute a crescente campanha em favor do parlamentarismo no Brasil, que visa transformar as instituições políticas. Ressalta que a ideia de reforma está se espalhando pelo país e, durante uma entrevista em Porto Alegre, expressa suas opiniões sobre a situação política atual. Argumenta que a falência do regime presidencialista é inegável e que a experiência de meio século demonstrou suas falhas. Defende que uma mudança para o parlamentarismo é essencial para o futuro da democracia brasileira. Destaca a necessidade de que a reforma constitucional abranja não apenas a União, mas também os Estados e municípios, afirmando que uma reforma incompleta resultaria em governos irresponsáveis. Acredita que as condições para a reforma já estão sendo criadas e que, com a adesão crescente de parlamentares à ideia, a mudança é iminente. Embora não se mostre otimista, vê o parlamentarismo como uma ideia em marcha. Também critica a multiplicidade de partidos políticos, observando que, embora a proliferação seja um fenômeno moderno, a natureza dos partidos é mais importante do que sua quantidade. Para ele, o verdadeiro funcionamento da democracia requer partidos honestos que representem as diversas correntes de pensamento, em vez de limitar a política a grandes sindicatos eleitorais. Ele concluirá sua visita ao Rio de Janeiro em março, antes do reinício dos trabalhos do Congresso.
