Resumen:
Aborda a persistência de revoluções militares e instabilidade política na América Latina, destacando o presidencialismo como fator que favorece tais conflitos. Argumenta que o caudilhismo — influência de líderes militares autoritários — deveria ter desaparecido com a consolidação das nações latino-americanas, mas permanece como um traço recorrente. Para ele, a raiz dessa violência política está na adoção do regime presidencialista, inspirado no modelo dos Estados Unidos, mas inadequado para a realidade das nações latino-americanas. Esse sistema, segundo ele, promove o poder pessoal e dificulta a alternância pacífica no governo, resultando em um ambiente onde disputas políticas frequentemente se resolvem pela força. Em contraste, defende o parlamentarismo como uma alternativa com mecanismos de equilíbrio, como a votação parlamentar e a eleição popular, que permitem mudanças de governo sem revoluções. Não afirma que o presidencialismo seja a causa única do caudilhismo e das revoluções, mas insiste que o regime contribui consideravelmente para a instabilidade. Assim, destaca o parlamentarismo como uma “válvula de segurança” essencial para preservar a estabilidade política e evitar a violência.