Resumo:
Critica a visão do sr. Joaquim Luís Osório, um defensor da Constituição de 14 de julho, que causou uma longa ditadura no Rio Grande do Sul. Osório se opõe ao sistema parlamentarista, alegando que ele não pode funcionar adequadamente com a multiplicidade de partidos que a representação proporcional traz. No entanto, Pilla argumenta que a realidade europeia contraria essa afirmação, onde a multiplicidade partidária é comum, exceto na Inglaterra. Explica que, em sistemas parlamentares, a formação de um governo ocorre através de uma maioria parlamentar, independentemente de quantos partidos existam, permitindo a adaptação a novas crises políticas. Por outro lado, argumenta que o presidencialismo, especialmente em contextos com muitos partidos, tende a ser ineficaz. Se um presidente não tiver uma maioria clara no Congresso, ele pode se tornar ditatorial ou se submeter à política da maioria, resultando em um governo disfarçado de parlamentarismo. Assim, conclui que, enquanto o parlamentarismo se adapta a diversas situações políticas, o presidencialismo se inclina para a ditadura ou evolui para um sistema parlamentar. Questiona, portanto, qual dos dois sistemas é mais compatível com a representação proporcional, sugerindo que o parlamentarismo é a resposta mais lógica.