Resumo:
Analisa o caráter perigoso do humanismo na política, referindo-se ao artigo do jornalista Costa Rêgo. Comenta de forma irônica a queda do gabinete Schuman na França, atribuindo-a a uma solicitação de crédito para a compra de aparelhos de descascar batatas, que foi negada pela Assembleia em nome da economia. Embora a crítica de Costa Rêgo seja uma ironia, a situação gerou interpretações sérias sobre a queda do governo, refletindo a natureza humana e a fragilidade dos sistemas parlamentares. Destaca que, em um novo artigo intitulado "A Questão do Governo Francês", Costa Rêgo fornece uma análise mais profunda da situação política francesa, ligando a queda dos gabinetes Schuman e André Marie a causas estruturais mais amplas. Segundo ele, duas razões principais explicam a crise financeira da França: a administração deficiente dos serviços públicos e a sobrecarga de pessoal nas repartições governamentais. Enfatiza que o ministro das Finanças, Reynaud, não é o culpado isolado, mas parte de um problema maior que requer uma solução coletiva. Conclui que o sistema parlamentar, com seu mecanismo admirável, permitirá que essa questão seja examinada repetidamente até que uma solução adequada seja encontrada. Assim, a crítica ao humanismo se entrelaça com a análise da política e da administração pública, refletindo as complexidades da governança moderna.