Resumo:
Critica a crescente violência policial no Brasil desde a ascensão de Eurico Gaspar Dutra e o restabelecimento do governo eletivo. Menciona um recente ataque a manifestantes da campanha do petróleo, que incluía parlamentares e generais, destacando a impunidade das agressões. Argumenta que, sob o atual regime de "integral irresponsabilidade", não há remédios eficazes para tais violências, uma vez que a imprensa denuncia, a Câmara dos Deputados se manifesta, mas as promessas de investigação não resultam em consequências. Atribui a raiz do problema não apenas à polícia ou ao governo, mas ao próprio sistema político. Compara a situação atual com o Império, onde as ações policiais eram raramente impunes, e os governantes eram responsabilizados. No regime parlamentar, a Câmara exigia responsabilidade e as consequências eram severas para o governo. Em contraste, no presidencialismo, reina a irresponsabilidade, permitindo que a polícia cometa crimes sem temor de repercussões. Essa análise ressalta a necessidade de um sistema que crie uma cadeia de responsabilidades para garantir a ordem e a segurança pública.