Resumo:
Critica a ideia de independência dos poderes no contexto do presidencialismo brasileiro. Considera esse conceito um "dogma absurdo," argumentando que, na prática, os poderes são apenas diferenciados e correlacionados, e não verdadeiramente independentes. Destaca que a noção de independência e harmonia é contraditória e observa que, ao contrário do que se acredita, os Estados Unidos não têm essa independência plena, especialmente em processos como a nomeação de secretários de Estado. Aponta que, ao contrário da autonomia pretendida, o presidente americano passa por um rigoroso escrutínio pelo Senado, o que evidencia uma interdependência entre os poderes. Questiona a validade do presidencialismo brasileiro ao afirmar que esse modelo pode levar a um despotismo encoberto, transformando-se em uma fortaleza do poder pessoal. Conclui indagando sobre a real independência dos poderes, desafiando a crença de que o presidencialismo norte-americano serve como modelo a ser seguido no Brasil.