Resumen:
Analisa a instabilidade dos governos na França, observando que a frequente troca de gabinetes não indica a falência do regime parlamentar, mas sim uma resposta natural a problemas profundos enfrentados pelo país. Argumenta que essa mobilidade ministerial é uma forma de buscar um equilíbrio necessário em meio a uma situação econômica, política e social difícil, exacerbada por extremismos e as cicatrizes de duas guerras. Menciona o gabinete de Henri Queuille, que, apesar das previsões de sua breve duração, conseguiu uma vitória significativa no parlamento ao enfrentar tanto gaullistas quanto comunistas. Destaca que, embora a melhoria da situação econômica tenha contribuído para a sobrevivência do governo, a possibilidade de novas crises sempre existe, sendo justificáveis se surgirem de erros graves ou mudanças nas circunstâncias nacionais. Adverte que o verdadeiro perigo não reside na troca de governos, mas na entrega do país a um líder fixo por um longo período, o que poderia resultar em uma erosão da democracia sob um regime presidencial.