Resumen:
Aborda a questão da autoridade e da representação do Exército no contexto democrático brasileiro, criticando a afirmação do general José Pessoa de que somente o ministro da Guerra pode falar em nome das Forças Armadas. Argumenta que, em democracias verdadeiras, o Exército não deve ter voz ativa nas questões políticas e que o papel do ministro da Guerra é meramente administrativo, não representando os interesses do Exército. Esclarece que o ministro pode até ser um civil e, portanto, não é um porta-voz legítimo das Forças Armadas. Quando o Exército se pronuncia, isso deve ocorrer através de seus membros, especialmente os generais que têm autoridade e prestígio. Ressalta que, ao falar, o general José Pessoa buscou restabelecer a posição do Exército em relação ao debate político, enfatizando a importância de sua neutralidade. Ao contrário de outros generais que podem tentar se intrometer nas disputas políticas, Pessoa defende que o Exército deve manter-se como "o grande mudo", não se envolvendo nas contendas políticas.