Abstract:
Defende a eleição do presidente da República pelo parlamento dentro do sistema parlamentar, ressaltando que essa escolha técnica tem suas vantagens. Argumenta que o presidente, ao exercer apenas a função de magistrado, deve ser uma figura neutra, acima das disputas partidárias, e que a verdadeira responsabilidade do governo recai sobre o gabinete, não sobre o presidente. Uma objeção comum é a alegação de que essa abordagem privaria o povo de sua prerrogativa de eleger diretamente o presidente. Contesta essa visão, afirmando que, no presidencialismo, o presidente é um verdadeiro ditador constitucional, enquanto no parlamentarismo a responsabilidade é coletiva e, portanto, mais representativa. Outra crítica aponta para a possibilidade de corrupção na escolha parlamentar, mas Pilla argumenta que a corrupção não é uma função do sistema em si, mas do caráter humano, e que é mais fácil manipular um pequeno número de parlamentares do que um grande eleitorado. Conclui que os opositores do parlamentarismo erram ao comparar ambos os sistemas sem considerar suas características distintas, afirmando que a eleição de líderes deve respeitar as especificidades de cada regime.