Resumen:
Discute a falsa oposição criada entre as zonas do Rio Grande do Sul, a Colônia e a Fronteira, e como elas são vistas de forma antagônica, especialmente durante campanhas eleitorais. Destaca as diferenças entre essas zonas, como a origem étnica e as práticas econômicas, mas argumenta que, apesar dessas distinções, as duas áreas se complementam. A Colônia é marcada por uma população de imigrantes e pequenas propriedades, enquanto a Fronteira é associada à grande propriedade e à criação extensiva de gado. No entanto, essas diferenças estão diminuindo com o tempo, já que a lavoura está se expandindo na Campanha e a grande propriedade está se subdividindo para uma exploração mais intensiva. Observa que as peculiaridades de cada região não devem ser usadas para dividir o povo rio-grandense, pois as diferenças culturais e econômicas não prejudicam a unidade do estado. Critica o uso dessas divisões para fins eleitorais, que são, na visão dele, prejudiciais à democracia. A candidatura de Álvaro Schneider é usada como exemplo de uma liderança que representa todos os rio-grandenses, independentemente de sua origem. Schneider, com raízes tanto na Colônia quanto na Fronteira, simboliza a unidade e a regeneração política que o estado precisa. Conclui que o verdadeiro problema a ser debatido nas eleições são as ideias e virtudes dos candidatos, e não as divisões geográficas artificiais.