Resumen:
Critica a proposta de Amaral Peixoto, presidente do PSD, de reduzir o número de partidos políticos, buscando uma maior centralização e controle no processo de governar. Segundo Peixoto, a existência de muitos partidos dificulta a governabilidade, e a solução seria integrar o eleitorado em poucas legendas, o que simplificaria o sistema político. Pilla considera essa visão problemática, pois a proposta não leva em conta os interesses da liberdade e da pluralidade democrática, tratando os partidos como meras funções da legenda, e não como expressões naturais das diferentes correntes políticas. Questiona o raciocínio por trás da ideia de simplificação: reduzir o número de partidos pode facilitar a governabilidade, mas compromete a diversidade política e a representação da população. Ele sugere que, caso o objetivo seja apenas a comodidade do governante, seria mais lógico retornar a um regime autoritário, como o Estado Novo, onde a centralização e a eliminação da oposição eram características marcantes. Alerta para o perigo de se sacrificar a liberdade e a diversidade política em nome de um processo de governabilidade mais “maneiro”, e critica a falta de consideração pelas necessidades dos governados. Em última análise, questiona a verdadeira motivação por trás da proposta, sugerindo que ela visa mais o controle político do que a preservação da democracia e das liberdades individuais.