Resumo:
Aborda dois aspectos que caracterizam o regime político da França: a instabilidade ministerial e a multiplicidade partidária. A instabilidade ministerial é frequentemente vista como uma crítica ao sistema parlamentar, mas Pilla argumenta que, na verdade, ela pode ser vantajosa e corrigida com a adoção do parlamentarismo clássico. Ele cita o exemplo recente de Antoine Pinay como uma demonstração de como a instabilidade pode gerar novas lideranças políticas. Pilla também destaca a experiência positiva da Itália, onde a estabilidade ministerial é maior. A multiplicidade partidária, por sua vez, é apontada como um fator que aumenta a instabilidade ministerial, já que é mais fácil desmantelar do que formar alianças políticas. Apesar disso, defende que a existência de muitos partidos não é algo nocivo, desde que se tratem de verdadeiros partidos com bases ideológicas, e não apenas de agrupamentos eleitorais. Ele compara a situação da França com a dos países anglo-saxões, como os Estados Unidos e a Inglaterra, onde há uma multiplicidade de partidos menores, mas sem uma limitação legal. Argumenta que, embora a França tenha uma grande variedade de partidos, isso é um reflexo das diversas tendências políticas do país e não deve ser visto como uma falha do sistema democrático. Em contraste, ele critica qualquer tentativa de suprimir ou limitar o número de partidos políticos, defendendo que eles devem ser formados naturalmente, sem imposições legais.