Resumo:
Alerta sobre o crescente desencanto com a democracia, que se manifesta entre várias classes sociais no Brasil, levando a um desejo de ditadura. Esse sentimento é alimentado tanto por aqueles que veem a ditadura como um recurso temporário para resolver crises e restaurar a normalidade democrática, quanto por uma maioria que, politicamente primária, vê a ditadura como um regime permanente. Além disso, existe uma grande massa indiferente e inconsciente, que pode fortalecer qualquer movimento político ou social, reforçando a predisposição à ditadura. Embora não haja, no momento, uma decisão deliberada para instaurar um regime de força, a pressão do ambiente político-social pode fazer com que, em um momento de desespero, tal solução seja aceita. Descreve a situação como uma "predisposição à ditadura", uma solução de quem já não vê saída dentro do regime democrático. Ele afirma que o mal é essencialmente político e exige uma abordagem política para ser solucionado. A restauração da confiança no regime democrático é fundamental, mas ele adverte que isso será difícil enquanto se insistir num sistema que, em vez de resolver, agrava a crise, especialmente a crise sucessória, que é inevitável. Em sua conclusão, Pilla sugere que, em vez de uma simples reforma, o Brasil se vê entre a escolha de "reforma ou ditadura", sendo esta última uma realidade cada vez mais iminente.