Abstract:
Responde à crítica do Sr. Guilherme de Aragão sobre a Emenda Parlamentarista, argumentando que, embora a mudança proposta seja uma fórmula apriorística, tal característica é comum a qualquer reforma política significativa. Ele relembra exemplos históricos como a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República, que também foram reformas profundas e, portanto, apriorísticas, pois transformaram a organização econômica e política do país. Contesta a visão de Aragão sobre a Emenda, ressaltando que a proposta visa corrigir vícios no sistema político brasileiro, como a falta de verdadeiros partidos, um problema gerado pelo presidencialismo latino-americano. Também comenta a revelação de Aragão sobre o movimento de "federalismo europeu", no qual se preconiza a criação de um governo de caráter presidencial ou diretorial. Expressa simpatia pela ideia, destacando que, em um contexto de uma federação de nações, um governo mais simples, como o presidencial, poderia ser mais adequado, considerando as limitações de um parlamento europeu e a preservação da individualidade dos estados membros. Ele compara a situação à federação das treze colônias americanas, onde cada estado manteve seu próprio governo. Conclui questionando se está interpretando corretamente os fatos, sugerindo que o presidencialismo ou o diretorial podem ser adequados em uma federação de nações.