Abstract:
Discute a questão da formação dos partidos políticos e a sua importância no regime democrático. Critica tanto os grandes quanto os pequenos partidos, destacando que, se os primeiros são artificialmente criados pelas circunstâncias, os segundos, por sua vez, também podem ter uma formação artificial. Ele reconhece que, em muitos casos, os partidos pequenos são vistos de forma preconceituosa, mas argumenta que, ao contrário do que muitos pensam, esses partidos podem ser o início da formação de partidos maiores e mais sólidos. Enfatiza que o problema central não é o tamanho do partido, mas sim a sua autenticidade e a sua função verdadeira dentro do sistema político. A crítica maior está voltada para os partidos grandes que, muitas vezes, se tornam meros sindicatos eleitorais, sem um real compromisso com os valores e ideais necessários para uma democracia saudável. Ressalta que, para o regime funcionar adequadamente, o mais importante é ter partidos verdadeiros, seja eles grandes ou pequenos. Ele propõe que, para a democracia ser plena, é preciso haver partidos verdadeiros, sem se importar com sua magnitude, e que esta ideia é muitas vezes ignorada por figuras políticas e pelo público em geral. A verdadeira questão, segundo Pilla, é garantir a existência de partidos autênticos, comprometidos com a política e a governança do país, e não apenas com interesses eleitorais.