Resumo:
Analisa a eleição presidencial no Brasil, destacando as dificuldades em compreender as motivações dos eleitores. Critica o sistema presidencialista, que concentra o poder em uma única pessoa, tornando a eleição presidencial um evento de grande importância, mas com pouca consciência política por parte dos cidadãos. Ele observa que a maioria dos eleitores, tanto os mais cultos quanto os menos instruídos, escolhem seus candidatos com base em questões pessoais ou instintivas, não refletindo sobre os problemas sociais e políticos reais. A influência de uma propaganda sensorial e manipuladora, focada no apelo emocional e superficial, obscurece a verdadeira razão cívica na escolha. Destaca a falta de motivos morais ou racionais nas decisões políticas, sugerindo que a política no Brasil se afastou da moralidade e da razão. Ele aponta a decadência do sistema político brasileiro, que tem levado a uma amoralidade na vida pública, onde a sucessão presidencial se torna um problema árduo e, muitas vezes, resolvido de forma absurda. Segundo Pilla, a política brasileira não é mais vista como algo que visa o bem comum, mas como um campo marcado por interesses pessoais e políticos, um reflexo de anos de irresponsabilidade na gestão pública. A situação, portanto, é mais grave do que apenas a falta de moralidade; é um problema estrutural, que impacta a qualidade da democracia no país.
