Resumen:
Discute a importância da votação na Câmara dos Deputados, que, ao rejeitar o processo contra Carlos Lacerda, salvou tanto a si mesma quanto a Constituição. Para Pilla, mais do que a defesa de um indivíduo, a votação representou a defesa do sistema democrático e a preservação do papel do Congresso como um poder capaz de resistir aos excessos de outros poderes. Apesar da vitória momentânea, ele alerta que este é apenas o primeiro passo no caminho da redenção, e que o Congresso deve continuar resistindo às pressões políticas para manter sua independência. Defende que o país só encontrará salvação por meio de dois caminhos: a revolução ou a reforma. A reforma, segundo ele, depende exclusivamente do Congresso, que precisa retomar sua consciência de missão e recusar a submissão ao Executivo. Ele acredita que se o Congresso se libertar da sensação de inferioridade frente ao governo e agir de forma constitucional, poderá iniciar um processo de regeneração nacional. Conclui que a atuação contra Lacerda, apesar de dura, pode ter despertado a Câmara para seus deveres essenciais, oferecendo uma oportunidade para um recomeço político. Enfatiza a importância da independência do poder legislativo e a necessidade de reformas profundas para a regeneração do país.
