Resumo:
A trajetória política do candidato Flávio Koutzii começou há 38 anos, quando foi eleito presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Filosofia da UFRGS em 1963, com apenas 18 anos. Filho de um ex-militante comunista e crítico de cinema autodidata, descendente de imigrantes judeus-russos, cresceu em uma família de classe média baixa com forte influência cultural e política de esquerda. Essa herança moldou profundamente seu perfil político.
Desde o início da universidade, esteve envolvido com o movimento estudantil, integrando o POC (Partido Operário Comunista) ao lado de nomes como Raul Pont. Com o golpe militar de 1964 e o endurecimento do regime em 1968, passou à clandestinidade e, posteriormente, exilou-se na Argentina, onde participou da luta armada e foi preso por quatro anos. Após a prisão, seguiu para a França, onde concluiu uma formação em Sociologia na École des Hautes Études en Sciences Sociales, com uma tese sobre o sistema carcerário de presos políticos na Argentina.
Permaneceu exilado por 14 anos, retornando ao Brasil com a Anistia. Ao voltar, ingressou no PT, partido com o qual se identificava desde os tempos de prisão, e foi rapidamente lançado como candidato ao Senado, consolidando sua carreira política. Sua ascensão dentro do partido foi atribuída à sua história pessoal de militância, coragem e sacrifício, à sua autenticidade no discurso e à bagagem adquirida em experiências extremas, como a prisão e o exílio. Tornou-se um símbolo de sua geração, admirado por ter levado seus ideais às últimas consequências em nome de uma causa progressista.