Resumen:
Analisa a profunda crise que a França enfrenta, resultado de duas guerras devastadoras que devastaram gerações e culminaram em uma grave decadência moral. Observa que, durante a invasão nazista, parte da população, corroída pelo materialismo e extremismo político, acolheu o invasor como um salvador, o que destaca a fragilidade da democracia francesa em contraste com regimes autoritários. Argumenta que essa crise se reflete nas constantes mudanças de governo, com crises sucessivas que os democratas interpretam como reações naturais a uma doença política, enquanto os cesaristas clamam pela crise do regime. Para ele, essas transformações são essenciais para que a nação reconheça seus problemas e busque soluções. Aponta a incapacidade de ajustar salários e preços como a principal causa das quedas dos gabinetes Schuman e André Marie. Questiona a possibilidade de resolver essa questão na atual situação da França, sugerindo que, se for viável, um governo capaz surgirá a partir das crises. Em contrapartida, critica o presidencialismo, que, apesar de sua ineficácia em lidar com crises semelhantes no Brasil, continua inabalável, resultando na deterioração das crises econômica, financeira e moral. Conclui que essa realidade expõe as falhas do modelo democrático em vigor.